A iluminação artificial é toda fonte de luz produzida pelo homem e é um importante componente na ambientação dos locais que irá auxiliar na concepção dos projetos proporcionando aconchego e bem-estar.

Para se obter um bom projeto de iluminação devemos utilizar uma especificação correta dos tipos de iluminação (direta, indireta ou mista) a fim de evitar o ofuscamento, prever uma boa distribuição da luz, explorar o efeito decorativo e conciliar a iluminação natural com artificial sempre que possível. Além disso o projeto deve iluminar com qualidade, mas consumindo pouca energia.

A forma de aplicação ideal da iluminação artificial é variável em função do efeito que se pretende alcançar no projeto e na influência que estas sensações podem causar ao homem, demonstrando sempre a preocupação na busca do bem-estar do usuário a fim de atingir os objetivos propostos, sejam eles de descanso, repouso, conforto, produtividade.

A escolha das luminárias e lâmpadas deve levar em conta a função, a necessidade de reprodução de cor, o índice de refletância das paredes, teto e piso, a temperatura de cor desejada, além do grau de difusão e controle desejados.

Algumas estratégias podem ser utilizadas para a conservação de energia, como a utilização de lâmpadas eficientes, como Led, fluorescente T5 e T8, a divisão de circuitos, permitindo ligar apenas os equipamentos necessários no ambiente, o uso de luminárias de tarefa e sensores de presença.

É importante lembrar que existem NBRs e ISOs que tratam do assunto iluminação e devem ser seguidas pelos profissionais, como a NBR 15575, para edificações residenciais e que determina o seguinte:

“Os níveis gerias de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por iluminação artificial devem atender ao disposto na tabela abaixo: 

Outra importante norma é a ISO 8995 que especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho e substituiu a NBR 5413 e a NBR 5382.

O projeto de iluminação deve prever equipamentos eficientes, que atendam ao objetivo estabelecido e que reduzam o consumo de energia. Este será um bom projeto!

Ana Lúcia Chagas Barbosa Santos: Arquiteta e Urbanista, profissional LEED AP BD+C, título internacional dado pelo Green Building Certification Institute, possui MBA em Edificações Sustentáveis pela Fumec, Especialista AQUA pela Fundação Vanzolini.  Atua na consultoria das certificações de sustentabilidade em edificações LEED, AQUA e PBE EDIFICA, Selo Azul da CEF e Selo BH Sustentável, Gestão de Resíduos na construção e Simulação Energética de edificações para análise de desempenho da edificação. Ministra cursos e palestras sobre o tema. Sócia da Verdi Arquitetura e Sustentabilidade empresa especialista em projetos sustentáveis.